5 de julho de 2010

ÚLTIMO DESEJO


Que quando eu me for desse mundo

Deixe uma criança recém-nascida

Que carregue em si um pouco do meu sangue..

Que eu deixe uma árvore plantada

Em um lugar onde passe muita gente cansada

E que dê frutos e que sejam doces..

Que eu deixe um livro na estante , amarelando

Mesmo que ninguém leia

Não quero levar nada na bagagem

Só levarei comigo uma alma transbordando de quase tudo...

Maria Alice

24 de junho de 2010

NOVOS RUMOS

Tenho descoberto tantas coisas
Que posso tanto mais que morrer por amor
O mundo é tão vasto
Tão cheio de caminhos que ainda não trilhei

Com licença, amor da minha vida
Vou indo olhar o mundo
Prometo que nunca vou te esquecer
Mas a vida lá fora me espera
Impaciente...

Maria Alice Guimarães

14 de junho de 2010

EU NÃO TENHO IDADE

Não me perguntem quantos anos tenho
Perguntem quantos amores eu vivi
Quantas cartas mandei
Quantos caminhos percorri.

O que importa quantos anos tenho
Eu ainda sou uma vertente de sonhos e de idéias
E não deixei morrer em mim a esperança
E acordo disposta a ser feliz

Perguntem pelos beijos e pelos abraços incontáveis que já dei
A juventude em mim ainda é festa
Aproveito cada instante e bebo a vida gota a gota
E pra mim tanto faz que gota resta

Não me perguntem quantos anos tenho
Mas quantos amigos ganhei
Perguntem das lágrimas que chorei
Dos livros que li, dos meus poemas e dos meus dilemas


Queiram saber quantas histórias sei contar
Assim vocês saberão que as marcas no meu rosto
São os mapas dos atalhos que tive de fazer
E saberão , por certo, que eu vivi.

Maria Alice Guimarães

26 de maio de 2010

NOSTALGIA

Tenho andado com meu sorriso por aí...
A percorrer ruas enfeitadas de outono
Meu sorriso se amarela como as folhas que piso distraída.
.

Um sonho capenga caminha comigo
No mesmo ritmo das minhas pernas cansadas.


O céu ainda tem o mesmo azul
Que havia nos meus olhos

Mas é outono ainda...


Maria Alice

16 de abril de 2010

PRESENTE DE CARINHO

Para Maria Alice com carinho
É dificil escrever quando não se encontra palavras para descrever o tamanho da adimiração..
.Eu não sei fazer poemas...
Vou colocar verdade e sentimentos...
Quem é essa mulher que contempla um sorriso?
Que compreende um olhar?
Que encanta com suas palavras?
Que mesmo cansada não nega carinho?
Que tem um olharque lê a alma?
Que ensina e diz:Eu tbm aprendi.
Que é pequenina na altura e gigante no amor?
Que as palavras em seus lábios viram grandes conselhos?
Que me fez ter vontade de fazer um poema?
Ela é o tesouro que o mundo e a comunidade MI possui
Ela é a primavera no nosso jardim
Ela é... MARIA ALICE

xerinhos e cafuné de quem te adimira

Nice

Eu não poderia deixar de postar aqui um afago tão grande que essa querida menina fez no meu coração...
Obrigada NICE! Só quem tem um potencial amoroso tão grande como tu é capaz de palavras tão carinhosas.

Xerinhos pra ti também , minha doçura...

Maria Alice

12 de abril de 2010

LEGADO

Peço mil desculpas por te dar o que talvez não aprecies; uma conversa meio fiada, uma coleção de coisas mais ou menos , mas de que me servem a essas alturas do viver?
Quem sabe pegas o fio da meada, a parte que deixei solta e aproveitas para reescrever uma história melhor, a tua história. Pensa na possibilidade de te encontrares no meu fato, nem que seja naquele ponto onde deixei cair meu coração e que não tive nem mais vontade de juntar. Estava em cacos, mas dá um bom quebra-cabeças.. Quem sabe terás um passatempo na tentativa da descoberta que eu não soube fazer. .Quem sabe encontras um pouco daquilo que tive medo de encontrar, talvez porque não aprendi nunca a emergir das profundidades perigosas , emaranhada nas ciladas que só quem mergulha sabe que existem. Faz o que eu não fiz. Te deixa levar sem perguntar pelo que não tem resposta. Tira tu mesma a tua própria conclusão. Não indaga demais, fica apenas com o sentido da hora, com o mistério e a magia que só existem na ausência da explicação. Tudo perde o encanto no explicado e desencanto faz morrer toda possibilidade de perfeição.
Se aceitas te deixo esse legado. Alicerces que construí , mas não conheço a resistência Altera, muda o que quiseres, experimenta outras possibilidades, diferentes das que me foram permitidas. .Aceita a felicidade como um fato real e não te persegue porque corres o risco de te pegar e seres obrigada a te tolerar pela vida afora, aprisionada pela tua própria solidão.

Maria Alice Guimarães

1 de abril de 2010

TITA

Tita é fonte de encanto
Um coração em forma de mulher
Tem nos olhos o azul do céu, refletindo uma alma de menina faceira...
Tita é Marilene; Marilene é Tita...
Uma é prisioneira do fascínio da outra....são uma só...
Linda mulher, doce e amiga
Quando sai à rua enfeita a paisagem, faz tudo brilhar...
Uma mulher que bebe a vida
Que é sedução e luz
Que se ama, se admira e se admite
Que derrama paz e amor por onde passa...
Tita é assim...
A sexta estrela de Cruzeiro do Sul..
.
Maria Alice Guimarães

28 de fevereiro de 2010

A POESIA E EU

Sento-me de frente para a poesia e trocamos idéias amorosamente tecidas.
Ela me cobra rimas e eu lhe ofereço a doce melancolia do meu temperamento .
Me permite mentir que já não penso mais em te ver chegar e que vivo a rotina da claridade.
Não tenho mais medo do futuro e aprendi a ler para dentro.
Sei que o amor está no lugar que o coloquei .
A rua logo estará vazia e o vento da tarde fria vai cantar teu nome ao meu ouvido.
O resto fica por conta da poesia..
.Ela sempre me visita nos domingos..

.Maria Alice Guimarães

22 de fevereiro de 2010

BOAS-VINDAS, ROTINA

Hoje acordei com uma sensação de contentamento, um certo alívio foi o meu primeiro sentimento do dia.

Entendi o motivo quando olhei o relógio e vi a hora normalizada. É, o horário de verão terminou e ele é anormal, não concorda com nosso relógio biológico.

Começamos a voltar à rotina. Ainda falta o reinício do ano letivo, que traz consigo a movimentação das escolas, o burburinho da criançada nas ruas e , aqui no meu sul, a diminuição gradativa das temperaturas. Sempre digo que o povo do sul não tem estrutura física para altas temperaturas. Sofremos muito com o calor , mas há quem goste e gosto não se discute. Faço parte da turma que prefere o inverno, romântico, inspirador, aconchegante e bem mais produtivo.

Mas é de rotina que desejo falar. Para mim a rotina não incomoda, como acontece com muitas pessoas, que a consideram uma adversidade, um dissabor, uma situação de mal-estar. Para fugir dela muitos se lançam a aventuras perigosas no trânsito e se submetem a uma série de desconfortos.

A rotina é , no meu ponto de vista, uma conquista que nos conduz à sabedoria. É a vida real, o dia-a-dia que nos torna seguros e nos oportuniza viver a vida em sua plenitude. Sair dela nos faz ver seu real valor. Não é raro se ouvir pessoas dizerem que sair de casa é bom, mas voltar é melhor ainda. É no aconchego da nossa cama que dormimos melhor e acordamos refeitos para a luta diária. Ter à mão nossos objetos pessoais, estar no espaço que construímos para nos abrigar e proteger, nos dá tranqüilidade e harmonia interior.

Por enquanto estamos livres das intermináveis e desgastantes correrias das festas de fim de ano, dos atropelos em busca de um lazer , que muitas vezes está muito mais dentro de nossas casas do que no lado de fora. Acabaram-se as folias de Momo, agoniza o BBB10 e “Viver a Vida” será voltar a viver a vida, do jeitinho que ela é, com muito trabalho e estudo, buscando a realização dos nossos sonhos e dos nossos objetivos, sem deixar a peteca cair.

Tem muita beleza na rotina e ela não precisa ser, necessariamente, uma seqüência de dias iguais, de procedimentos mecanizados pela força do hábito. Existe uma infinita riqueza de possibilidades nas ações do quotidiano. Cada dia é novo, cada noite tem sua magia própria. Temos um ano inteirinho pela frente. Vai chover, vai esfriar, vamos ter aquele resfriado de sempre, vamos nos surpreender e nos decepcionar, mas também vamos nos alegrar, conhecer outras pessoas, fazer novas amizades e isso é a saudável rotina de quem está vivo.

Maria Alice Guimarães

8 de fevereiro de 2010

Meus agradecimentos ao Veja Blog

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Um forte abraço

Dario Dutra

A CASA DA MINHA TIA

Quem não vasculha aquelas caixinhas esquecidas no fundo de uma gaveta? Invariavelmente elas contém coisas surpreendentes, que a gente nunca jogou fora, ou por achar que teriam, no futuro, alguma utilidade ou por serem lembranças de algum momento que não queremos esquecer.Pois é, abri uma dessas outro dia e vasculhei, por curiosidade. Não sabia mais o que guardara lá dentro. Surpresa! Numa folha de caderno escolar, que quase se desintegrou na minha mão de tão antigo e amarelado, estava um pequeno texto, escrito por mim, quando ainda acreditava em papai-noel e coelhinho da páscoa. O título, quase apagado, “A casa da minha tia”, me fez embarcar no túnel do tempo. Na verdade havia encontrado meu primeiro escrito com intenção poética. Grafara ali sentimentos de uma menina que ficou pra trás e agora me abanava com uma mãozinha sem manchas, de vestido rodado e cabelos compridos, amarrados num majestoso rabo-de-cavalo. O que será que este pequeno projeto de escritora pensava , sentia, esperava da vida, pensei. O que este pequeno texto estava querendo comigo, pra me surpreender de uma hora pra outra? Intrigada com o título singelo, comecei a ler, movida pelo desejo de saber o que o passado tinha a me revelar. Não foi difícil voltar naquele lugar onde vivi meus verdes anos. Uma casa, de uma simplicidade aconchegante, singela e arrumada com carinho, Vi no canto de uma cozinha muito simples, um fogão queimando lenha e cuspindo brasas, que hipnotizavam meus olhos, que ainda não conheciam o mundo escondido atrás do mato de eucaliptos verdes e cheirosos, lá longe, do outro lado da estrada de terra solta, onde quase ninguém passava . Até o chiado da água fervendo na velha chaleira de ferro me veio à memória. Vi as bergamoteiras carregadas de frutas, em cachos que mais pareciam pingentes de ouro, o poço de águas límpidas e cristalinas brotadas do fundo da terra. O campo , um tapete verdinho todo enfeitado de florzinhas amarelas que serviam para brincar de bem-me-quer mal-me-quer. Cheiro de mato, da mistura das ervas daninhas, dos araçás e das pitangueiras, que no verão se enchiam de frutinhas tentadoramente vermelhas e doces, como eu pensava que seria a vida, o futuro, tão distante que parecia estar de mim, como aquele mundaréu de estrelas que se via nas noites de céu sem nuvens. Minha tia, a dona e senhora daquele lugar encantado, trazia no rosto ainda jovem, a beleza de uma dama que lia romances de amor e cuidava da terra. Alguém que entendia, mais do que ninguém, as emoções das quais eu era feita. Sabia, desde sempre, a mulher que se projetava em mim. Tinha a sabedoria que me dava a certeza de que com ela eu sempre estaria segura, que seus braços estariam abertos sempre que eu precisasse de aconchego. Como eu desejava que ela fosse minha mãe, como eu gostava de ficar perto dela. Lembro que escrevi este pequeno texto, que agora tenho nas mãos e dei a ela, orgulhosa, me sentindo uma poetisa de verdade. Ela mostrava a todos e elogiava, sentindo-se homenageada pela sobrinha , que bem no fundo herdara dela o amor pelas letras. “A casa da minha tia”, minha primeira inspiração poética, inocente e singela, um retalho colorido que, como os vestidos de chita que vestiram minha infância, encontrei escondido numa velha caixinha, bem no fundo de uma gaveta, onde ainda habitam outras lembranças , talvez não tão felizes, mas que um dia vou tirar de lá.

7 de fevereiro de 2010

De SIMONE

EU SOU UMA MULHER DE SORTE!
Em uma única vida ter a oportunidade de ter mais uma mãe!
MARIA ALICE, você é uma pessoa que, para SEMPRE vai ficar em meu coração! E sou SIM, a filha MULHER que você não teve, natural, mas que te considera mãe!

Da minha querida Simone